Ela o disse em um poema, Miguel Ángel Asturias
Vai passando esta pena,
a pena da vida,
a pena que não importa,
tu a sentiste longa,
eu a senti curta
e ainda está distante
a terra prometida.
A nosso passo errante
fatal é todo empenho,
toda esperança é morta,
toda ilusão falida.
Eu guardarei teu nombre,
eu velarei teu sonho,
eu esperarei contigo os primeiros alvores,
eu enxugarei teu pranto quando comigo chores,
e quando já não queiras que caminhe contigo
deixa-me abandonada com um grão de trigo
sobre as sementeiras
Deixa-me pra sempre quando já não me queiras!
Poema de Miguel Ángel Asturias, poeta guatemalteco,
agraciado pelo Prêmio Nobel de Literatura de 1967.
Tradução de André Damázio.
Original
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